AULA

Efeitos de museu sem museu: a crítica institucional em contextos precários

Efeitos de museu sem museu: a crítica institucional em contextos precários
Felipe Prando

coordenação editorial: Regina Melim e Gabi Bresola
projeto gráfico: Pedro Franz
300 cópias
2018

O livro Efeitos de museu: a crítica institucional em contextos precários é um ensaio que apresenta experiências sobre a relação entre crítica institucional e contextos institucionais precários de artistas, curadores, pesquisadores e instituições da América Latina. Foi escrito a partir do conteúdo ministrado por Felipe Prando na segunda edição do AULA, projeto criado em 2015 por Regina Melim nas disciplinas da graduação e da pós-graduação em Artes Visuais (PPGAV/Udesc) em que convida um artista ex-aluno para apresentar sua pesquisa durante um dia de aula. Segue abaixo um fragmento:

“Para a elaboração deste ensaio, entendido como um modo de intervir em um contexto no qual a precariedade de uma instituição de arte revela-se por sua existência incerta ou nula, foi preciso “perder o norte”, ao reconhecer que este sempre existiu como miragem no horizonte institucional com o qual trabalho. Uma miragem que corresponde à miopia de burguesias periféricas dependentes de modelos metropolitanos que raramente consideram as comunidades locais como contemporâneas e viáveis.

As experiências institucionais aqui apresentadas, revelam-se como arquiteturas constituídas por redes de artistas, curadores, pesquisadores e instituições que se mostram hábeis no processamento crítico de suas histórias e de seus contextos sem monumentalizá-las, e reconectando-as a acontecimentos contemporâneos. Tais experiências são reflexos percebidos como estruturas e conteúdos em práticas artísticas e curatoriais situadas em um lugar periférico; não um lugar subordinado ou derivado de uma metrópole, e sim periférico, no sentido de ser uma proposta construída a partir da revisão e da digestão de conceitos metropolitanos transformados em função de uma especificidade que é local. Esta condição é necessária para deixarmos de ser tão-somente aquele que é observado pelo outro e passarmos a nos ver em relação ao outro.”

Acesse também o boletim #11.

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